Mamas grandes são prejudiciais a adolescentes
Estudo publicado na 'Pediatrics' indica cirurgia plástica para diminuir
impactos negativos na adolescência
Para complicar a situação, cerca de dois terços das adolescentes com mamas gigantes estão com sobrepeso nos Estados Unidos. Labow disse que a redução de peso eficaz geralmente não resolve o problema do tamanho da mama. Para realizar o estudo, Brian Labow analisou dados de 96 adolescentes, com idades entre 12 e 21 anos, todas diagnosticadas com mamas gigantes, no Departamento de Cirurgia Plástica do Hospital Infantil de Boston, mas que ainda não haviam feito a cirurgia reparadora.
As participantes do estudo responderam as perguntas sobre sua saúde geral, vitalidade, relacionamento social, autoestima, saúde mental, imagem corporal e alimentação. Elas também responderam a um questionário elaborado especificamente para esta pesquisa, abrangendo tamanho do corpo, se tinham preocupações sobre seus seios e se já haviam considerado fazer a cirurgia de mama. O grupo de controle era composto por 103 meninas saudáveis, na mesma faixa etária, pacientes de outros departamentos do hospital, que não tinham problemas de crescimento das mamas e sem história de distúrbios alimentares ou problemas de saúde mental.
Os resultados da análise sugerem que as mamas gigantes têm um impacto negativo substancial sobre a saúde, a qualidade de vida, a autoestima e sobre os hábitos alimentares das adolescentes, independente do seu peso ou índice de massa corporal (IMC). Notadamente, entre aquelas que foram diagnosticadas com mamas gigantes, há o triplo do risco de distúrbios alimentares em comparação com as meninas do grupo de controle, mesmo quando a idade e o IMC foram ajustados.
No Brasil, o cirurgião plástico Ruben Penteado, diretor do Centro de Medicina Integrada e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, confirma que os dados do novo estudo confirmam a importância de permitir que as meninas busquem a redução das mamas cirurgicamente na adolescência, ao invés de fazê-las esperar até ficarem mais velhas.Segundo Penteado, “quando as mamas são realmente grandes, a redução traz um estímulo a mais para a perda de peso e para a realização de atividade física. É muito comum ouvirmos destas adolescentes que elas não conseguem praticar esportes ou se sentem muito envergonhadas em público devido ao tamanho das mamas”, diz o médico.
Ele explica também que "o importante para as meninas com mamas grandes e sobrepeso é enfatizar que a cirurgia de redução é um grande passo, que deve ser complementado com melhora na alimentação e com a implementação da atividade física. Além disso, com técnicas adequadas e, salvo em casos extremos, mantemos tanto a sensibilidade quanto a função de amamentação”.
Colaboração: Márcia Wirth MW-Consultoria de Comunicação & Marketing em Saúde

Uma cirurgia plástica para Mamas em adolescentes é justificável segundo estudo publicado pelo jornal oficial da Academia Americana de Pediatria, o Pediatrics. O autor do estudo, Brian Labow, defende que as adolescentes que buscam a cirurgia de redução de mama precocemente fazem isso porque apresentam problemas recorrentes, como dores no pescoço e no ombro; baixa autoestima; atenção social insuficiente e dificuldade em encontrar roupas que se encaixem perfeitamente.